ELE FOI PARA O BAR
BREVE HISTÓRIA DE UM BEBADO MORTO E DA LIBERDADE DE ALGUÉM.
Ele não deu valor as minhas palavras
Foi para o bar
Tudo o que eu disse não valeu de nada
Ele foi para o bar
E por lá encheu a cara de cachaça
Não quis mais voltar
Já passava da meia noite
O bar ia fechar
Caiu num beco escuro
Depois que saiu do bar
E caído chorava arrependido
Tentando por ajuda clamar
Sempre fazia isso quando o bar fechava
Mas no outro dia voltava para o bar
Não tinha vergonha na cara
E nem forças para sozinho caminhar
Sempre fui eu que cudei dele
Buscava ele no bar
Trazia ele para casa
Disposto a perdoar
Ele sorria e me dizia:
- Um dia vou melhorar
Mas o dia nunca vinha
E ele retornava ao bar
As vezes saía decidido
A emprego procurar
Mas depois de achado o perdia novamente
Tudo por conta do bar
As vezes seus amigos era melhor que eu
Eu no começo ia chorar
Mas depois me acostumei
Deixava ele gritar quando eu só queria ajudar
Mas eu cansei
Deixei ele ir livre para o bar
Também disse que ia sair de casa
E nunca mais ia voltar
Naquele dia quando o bar fechou
Minha mãos não puderam o segurar
Eu não estava com ele
Estava em outro lugar
Não pude impedir o bandido
Que o vendo caido logo foi lhe assaltar
Ele como é valente bebedo reagiu
O bandido só fez atirar
No outro dia, um corpo
Estirado ao lado do bar
Por instantes indigente
Não havia documento para o indentificar
Foi um amigo
Conhecido la do bar
Que o reconheceu
E logo veio me avisar
Foi a última vez que chorei por ele
Tive logo que ajudar
Mas todos os meus sentimentos por ele
Deixei junto dele, para tudo sepultar
BY: DOURADO O'HARESS JÚNIOR