Mais uma vez me recolho no meu quarto
Tentando achar solução entre as tão conhecidas paredes
Devorando livros antigos, comprados em sebos por aí perdidos
E tentando evocar ideias novas no complexo que é minha mente.
Coloco meus pés no ar e debruçu-me sobre a cama
Passo a língua no dedo, viro a página do livro
E depois deito-me nu, pelado sem pijama
Acompanhando o vazio da minha mente, me excito.
Tento pensar no que fiz e nada vem a tona
Como se a minha vida inteira fosse atoa
Mesmo os outros me chamando de genial
Para mim não chego nem a ser um igual.
Por que eu preciso fazer tanta coisa para continuar existindo?
Não foi eu quem pedi para existir nisso tudo
Não admito que me julguem por ser assim e não seguir as regras
Pela dadiva da vida o preço é grande, mas talvez não esteja afim de pagar.
Vou deixar mais uma vez meu corpo recair sobre o canto
E parar de pensar nessas coisas que nunca tem solução
Sei que mais tarde ele reage insintivamente e caminha aos poucos
Revira-se minha alma por dentro, tentando ao menos dar graça a obrigação.
By: Dourado O'haress