segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Sem saber o oque fazer


 Mais uma vez me recolho no meu quarto
 Tentando achar solução entre as tão conhecidas paredes
 Devorando livros antigos, comprados em sebos por aí perdidos
 E tentando evocar ideias novas no complexo que é minha mente.

 Coloco meus pés no ar e debruçu-me sobre a cama
 Passo a língua no dedo, viro a página do livro
 E depois deito-me nu, pelado sem pijama
 Acompanhando o vazio da minha mente, me excito.

 Tento pensar no que fiz e nada vem a tona
 Como se a minha vida inteira fosse atoa
 Mesmo os outros me chamando de genial
 Para mim não chego nem a ser um igual.

 Por que eu preciso fazer tanta coisa para continuar existindo?
 Não foi eu quem pedi para existir nisso tudo
 Não admito que me julguem por ser assim e não seguir as regras
 Pela dadiva da vida o preço é grande, mas talvez não esteja afim de pagar.

 Vou deixar mais uma vez meu corpo recair sobre o canto
 E parar de pensar nessas coisas que nunca tem solução
 Sei que mais tarde ele reage insintivamente e caminha aos poucos
 Revira-se minha alma por dentro, tentando ao menos dar graça a obrigação.

By: Dourado O'haress

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