quarta-feira, 18 de maio de 2011

Opinião dourada sobre a novo livro didático.


Concordo com o Marcos Bagno, os puristas, defensores da norma culta imposta a ferro e fogo, sempre me pareceram tipos de pessoas que gostam de viver pelas aparências. Acreditando que demonstrando um perfeito controle da linguagem formal em qualquer tipo de comunicação, as torne mais intelectuais. E defendem uma linguagem que tem para mim um óbvio sentido elitista, adotado por esses almofadinhas patéticos da atualidade.
 Mas de qualquer forma, quem ganha com isso é quem opta por ser mais amplo linguisticamente, ou seja, que leva em consideração as outras linguagens e trate de forma democrática qualquer uma, sabendo onde usa-la e quando usa-la.
 Sempre é bom lembrar que a norma culta é uma variedade linguística de enorme valor, tanto quanto qualquer outra, por isso, apesar de alguém optar por escolher falar uma outra variedade e se apoiar na defesa de que é livre para falar a língua que quiser, necessário será aprender as outras variedades, a norma culta é uma delas. Assim a defesa com base na vontade e na escolha de falar uma determinada variedade, será bem mais valida, uma vez que a pessoa conheceu as outras e optou por uma, do contrário parecerá que, simplesmente por preguiça de aprender as outras variedades ou por acha-las incorretas, estagnou-se em um mesma língua e a defende como fosse uma escolha entre tantas outras variáveis.
 Claro que sempre devemos ter o bom senso de analisar as condições de cada individuo e averiguar a realidade em que se encontra.
 Essa questão da realidade também leva a outra conclusão. Posto que a comunicação acontece quando todos indivíduos envolvidos no processo falarem a mesma língua e quando conhecerem a mesma variedade linguística. E baseando-se no fato de que muitas variedades linguísticas tem seus próprios signos e significados é muito difícil uma única pessoa querer manter um estilo de falar, que aprendeu, quando é inserida em um grupo maior que fala de uma forma diferente, a comunicação pode ser muito afetada.
 Por isso é importante estudar as principais variações, e ter uma base na gramática tradicional, que ainda é a mais usada, para manter uma relação com os indivíduos do mesmo país, sempre procurando valorizar a cultura de cada um.

 E apesar de concordar com a essa variação linguística, que caracteriza a evolução da língua falada, a vivacidade na comunicação. Ainda sou da posição que os textos escritos devem ser redigidos sempre na linguagem normativa ou na Norma Culta Urbana, salvo pelos textos que houverem diálogos, posto que esses devem se aproximar da fala do cotidiano de cada personagem descrito na obra.
 Porque se todo mundo pudesse errar ao escrever, ficaria difícil decifrar as escritas, ninguém ia entender ninguém e tudo iria por água abaixo.

Dourado O'haress Jr.

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